Wily Schlote é personal trainer, especializado em treino funcional e trabalha com corridas de aventura e aulas particulares no meio da natureza. Rodrigo Pedrosa é corretor em uma empresa que faz consultoria a clientes que buscam imóveis descolados de alto padrão e produtor de eventos. Leda Volpon é formada em arquitetura e há um ano abriu o seu próprio escritório. O que os três têm em comum são o gosto e o hábito de tirar fotos com o celular, seja para registrar momentos especiais da vida, ou para usar em seus próprios trabalhos, assim como eu, você e milhões de brasileiros. E por isso foram convidados pela LG para fotografar o making of do ensaio de trip girl exclusivo da linda Veridiana Bressane com o smartphone LG G3. O novo lançamento da LG chegou para revolucionar a fotografia móvel com a sua câmera inteligente e seu foco ultrarrápido. E conquista todo mundo com seu design metalizado e sua supertela Quad HD, com quatro vezes mais resolução que o HD que conhecemos. Wily se surpreendeu com a velocidade da câmera do LG G3, que seria perfeita para as fotos que ele faz diariamente dos seus alunos nos treinos. Rodrigo se impressionou com a definição da tela do smartphone e a qualidade de imagem imbatível de suas fotos. Já Leda é viciada nas redes sociais, tira fotos em todos os lugares que vai e achou o conjunto de rapidez, alta resolução e supertela Quad HD do novo lançamento da LG simplesmente incrível. Confira a cobertura completa deste ensaio de trip girl com Veridiana Bressane no link Acesse e se surpreenda com a experiência digital para criar um ensaio personalizado! #simplesmenteincrível http://www.photoexperience.com.br/trip
Saiba tudo sobre o making of do ensaio da trip girl Veri Bressane fotografado com o smartphone LG G3
Parapente em Quixadá (CE)
Alessio Moiola/123RF Paisagem de Quixadá localizada no sertão do Ceará Onde fica Quando ir O que levar Palavra de quem conhece Onde ficar O que comer Passeio imperdível
Quixadá fica no sertão do Ceará, a 157 quilômetros de Fortaleza. A cidade é considerada um dos quatro melhores locais do mundo para a prática do voo livre. As correntes térmicas na região chegam a atingir 15 metros por segundo em uma corrente ascendente e a altitudes de até 3.500 metros. Ali, sopram os ventos alísios, constantes e na mesma direção.
É possível voar o ano todo, mas os melhores meses são outubro e novembro, mês que acontece o X-Ceará, campeonato internacional de voo livre a distância que acontece desde 1996.
Iniciantes em busca de diversão em voos curtos não precisam levar nada, além de uma blusa para não passar frio nas alturas, protetor solar e óculos escuros. Já quem busca voos de longa distância, que podem chegar a 10 horas e ultrapassar os 400 quilômetros, deve trazer todo o equipamento, inclusive uma equipe para o resgate no local do pouso.
“No voo livre, você consegue literalmente tocar nas nuvens. Você é o comandante de sua própria aeronave. A sensação de estar a dois mil metros de altura é a de ter asas e saber voar. E o visual lá de cima é impressionante: você vê todo o sertão, a caatinga, e enxerga até o início da floresta amazônica legal”, diz Antonio de Almeida, primeiro a voar em Quixadá e ex-detentor do recorde cearense de voo livre.
O hotel Pedra dos Ventos (acesso pela estrada de Banabuiú, www.pedradosventos.com.br, 88 3451.2028) fica em Juatama, a 18 quilômetros de Quixadá e pertinho das rampas de decolagem. O dono e o gerente do hotel são pilotos.
No Pé de Serra (Estrada Algodão, km 105. (88) 8831-9831), é possível degustar pratos regionais como a carneirada, a carne de sol com macaxeira e o baião de dois.
Obra do imperador dom Pedro II, o Açude do Cedro (acesso pela rua Basílio Pinto) foi o primeiro construído para combater a seca no Nordeste. De bela arquitetura, fica ao lado da famosa pedra da Galinha Choca, formação rochosa e local para a prática de trekking e rapel. Quixadá também é famosa por seus impressionantes monólitos de pedra, muito lembrados nos escritos de Raquel de Queiroz, que tinha uma fazenda ali.
O homem máquina
Philippe Bertrand, 36 anos, é uma máquina de pensar, mais precisamente, uma máquina de inventar. Não para, funciona 24 horas por dia. Ele se autodefine investigador interdisciplinar. O nome pode parecer um pouco estranho, mas não é. O que Philippe tem em comum com a Oakley? A filosofia do diferente, do inusitado, da concepção de um novo design para chegar a um produto final surpreendente e original. Quando desce os poucos degraus da sua casa na Vila Mariana,em São Paulo, para chegar a sua garagem-laboratório, nomeada Carambolab, Philippe se transforma. Vira um inventor.
Foi assim que criou, junto com seu coletivo de arte e ciência, o BEANOTHERLAB – o projeto The Machine To Be Another,em uma tradução literal, A Máquina para Ser o Outro. Com o objetivo de questionar conceitos de gênero, etnia, sexualidade e respeito mútuo, usou um equipamento chamado Oculus Rift – um óculos de realidade virtual utilizado até então apenas em videogames – que combinado a estímulos físicos, táteis, motoros e sonoros para fazer com que uma pessoa tenha a nítida impressão de que é uma outra. Quem sabe assim as pessoas percebam que as diferenças não vão além da superfície e muitos problemas relacionados a discriminação possam ser resolvidos.
Philippe pode ser tudo ou um pouco de tudo, mas uma coisa ele não é: uma pessoa comum, conformada com o mundo. O seu forte é este: utilizar a tecnologia em busca de novos objetivos. Tem mil e uma ideias na cabeça e todo dia coloca uma em prática. Se o ambiente da fábrica de ideias da Oakley na Califórnia é assim, voltado para a criatividade, o diferente, o que ainda não chegou, na cabeça de Philippe se passa a mesma coisa.
Com o objetivo de conectar povos, levar e buscar experiências novas, Philippe, aos 32 anos,voou para a Índia. Foi lá que colocou em sintonia brasileiros e babas, Sadhus considerados santos pelos indianos a milênios.As perguntas foram gravadas no Brasil e as respostas se espalharam pelo mundo, via internet. Com isso, Philippe mostrou que uma ideia nova pode fazer a simbiose entre o moderno e o secular.
Philippe começou publicitário e foi criando asas, ou, melhor, dando asas à imaginação. Depois de uma temporada na Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, onde fez mestrado em artes digitais, voltou e encontrou o Lucas, um amigo que estava com câncer e teve uma grande sacada para acelerar o processo de cura, um sistema de tratamento paralelo aos convencionais, a Quimioterapia Digital, que mais para frente se mostrou uma ferramenta importante na cura de uma metastáse. Conectado às redes sociais, o Lucas recebia estímulos positivos de gente de todos os lugares, em forma de música, poesia, inspiração. Curado, o Lucas se juntou a Philippe e outros profissionais para desenvolver uma interface que leve a Quimioterapia Digital às pessoas que estão passando pelo mesmo processo.
A cabeça de Philippe Bertrand não para. Quer inventar mais e mais. Não quer saber do que já está feito e consagrado. Acha possível, através da investigação, da curiosidade, da criatividade, parir uma grande ideia, chegar a um novo produto. O pensamento desse Professor Pardal franzino e meio elétrico é o de um gigante, a cara da Oakley.
Já quis fotografar um ensaio sensual de Trip Girl?
Para apresentar os features do novo smartphone LG G3 de uma maneira inovadora e divertida, a LG se uniu à Trip para proporcionar uma experiência única aos leitores: convidá-los para serem os fotógrafos de um ensaio sensual inédito da Trip. Em uma viagem virtual, o Photo Experience permite que você use o seu olhar para selecionar as melhores poses da modelo e faça seus próprios cliques através do Quick Selfie, mesma tecnologia que o LG G3 oferece para bater as fotos automaticamente, com um simples movimento de abrir e fechar da mão. Nessa experiência, o movimento é captado através da webcam do seu computador, e no fim você ganha uma revista digital exclusiva da Trip, com o seu nome na capa assinando o ensaio sensual. A gata escolhida para esse ensaio inusitado foi a Veridiana Breassane. Linda, loira e provavelmente anda de skate melhor do que você. Aos 33 anos e com o corpo mais feliz da sua vida, a apresentadora do Woohoo é também idealizadora do Girls On Board, portal de conteúdo multimídia que vive para inspirar meninas que amam esportes radicais, e agora faz seu primeiro ensaio sensual. A melhor parte é que você pode ter uma participação bem ativa nessa “primeira vez” da Veri. Veja algumas fotos do ensaio clicando aqui. E, se você também quer revelar seus talentos fotográficos e fazer seus próprios cliques desse ensaio, acesse http://www.photoexperience.com.br/trip e se surpreenda com o Photo Experience. #simplesmenteincrível
A manobra perfeita
O skatista carioca Bob Burnquist, 37 anos, vive grudado no skate. Dorme com ele perto da cama e, por onde vai, leva sempre o seu “brinquedo”. É obcecado por performance, desde pequenininho. Em nome da evolução, já quebrou muito a cara. Não só a cara. Quebrou também o pé, o pulso, o tornozelo, o nariz, as costelas. E várias vezes. Competitivo e perfeccionista, foi em meio a essa quebradeira que ele conseguiu chegar ao ponto de tornar-se um campeão mundial. Asmático desde os 4 anos de idade, respirou fundo quando, aos 9, recebeu das mãos do amigo um primeiro skate, usado, em troca de sua bola de futsal que o companheiro havia perdido. Logo nas primeiras voltas, na sala de casa, percebeu que era aquilo que queria fazer na vida. Teve dificuldades e muita falta de ar nas primeiras competições. Suava frio, mas a vontade de ir além o levou longe demais. Bob não pensou apenas em andar de skate da mesma maneira que os jovens faziam naqueles anos 90. Queria ir além. Inventar manobras, criar rampas, adaptar skates. Ser diferente. Com o pensamento disruptivo, Bob colocou na cabeça que, para viver de skate, tinha de ser criativo. O pensamento de Bob sempre foi o de criar objetos diferentes, exclusivos, nunca antes vistos. Ele sonhava com manobras que ninguém nunca havia feito, em inventar pistas nunca antes construídas. Nos tempos de escola, Bob era bom em geometria. Hoje lembra disso quando põe na cabeça uma ideia e tenta passar pro papel. Calcula daqui, calcula dali, convoca os bambambãs e são eles que, a partir das maquetes que constrói, vão concretizando o seu sonho de fazer, às vezes, o impossível. O negócio é colocar a inventividade para funcionar, porque mesmo o que desconfia que pode não dar certo acaba dando. E o resultado sempre foi nota 10. Filho de pai economista americano e mãe artista plástica mineira, Bob teve a ajuda dos dois e muita vontade de descobrir coisas novas. Quando chegou a hora do vestibular, ele enfrentou o pai – no bom sentido – para lhe dizer que queria ser um skatista. O pai, que também havia sonhado abandonar a economia para ser músico – mas acabou não realizando o sonho – topou a parada do filho. “Vai ser o que você tem vontade de ser.” Foi no Canadá, em meados da década de 90, que seu skate altamente técnico explodiu chamando a atenção do mundo. Bob literalmente parou a arena do extinto Slam City Jam, em Vancouver – o campeonato mais prestigiado da época –, para assisti-lo desfilando uma penca de manobras, tão potentes quanto complicadas, sendo executadas com a base trocada. Nascia aí sua maior marca e assinatura, o switch-stance, termo criado para ilustrar a habilidade de andar de skate com a base dos pés invertida. A técnica do switch desenvolvida pelo Bob marcou época e influenciou todas as gerações sucessoras nas ruas e nas pistas. O garoto carioca literalmente colocou o pé na porta do mundo do skate e introduziu o Brasil no cenário competitivo mundial. E essa foi apenas a primeira de uma série de ações inovadoras e disruptivas responsáveis por introduzir seu nome no hall da fama dos maiores atletas do mundo. Bob garante que um skatista vê a cidade de uma maneira diferente. Anda sempre pensando na arquitetura, num novo jeito de andar e criar em cima do skate. Baseado nessa percepção, criou a Dreamland, uma espécie de laboratório dedicado a evolução do skate instalado em seu sítio na Califórnia. Foi lá, com apoio da Oakley, que montou uma megarrampa exclusiva e a partir daí promoveu novos saltos – literalmente – rumo a mais uma nova era dentro do esporte. Colocou a megarrampa na beira do Grand Canyon e, unindo duas de suas maiores paixões e habilidades, saltou rumo ao infinito, criando assim a fusão do skate com base-jump. Criou um looping vazado na parte superior para transpô-lo de base trocada vencendo um grande desafio proposto por uma emissora de TV. Instalou obstáculos de street no grande vão livre da megarrampa mixando as habilidades conquistadas nas ruas e nas transições. Qualquer que seja o terreno, está sempre imaginando um modo criativo de transitar por ali. Hoje vive dividido entre o Rio de Janeiro e a Califórnia, seus dois portos seguros porque, na verdade, não para muito tempo em um lugar. Se não está competindo, está treinando e estudando o próximo campeonato. Esse é o Bob que quer inventar até mesmo o que ele desconfia que pode não dar certo. Mas sempre dá.
VELA (CLASSE LASER) EM ILHABELA (SP)
Marcos Mendez/Sailstation O esporte exige muito das pernas, abdômen, costas e braços, mas ao mesmo tempo é muito relaxante. ONDE FICA Ilhabela está no litoral norte de São Paulo, a 213 quilômetros da capital. Para chegar, pegue a rodovia Ayrton Senna-Carvalho Pinto (SP-070) até o trevo de São José dos Campos e entre na rodovia dos Tamoios até Caraguatatuba. De lá, siga para Caraguatatuba e então para a balsa (15 minutos). QUANDO IR O canal de São Sebastião, que separa a ilha do continente, canaliza o vento e permite a prática da vela o ano todo em Ilhabela. No inverno, de junho a agosto, a entrada de frentes frias torna os ventos ainda mais frequentes e fortes, principalmente o vento sul. Neste período, acontece a Semana Internacional de Vela, um espetáculo para os amantes do esporte. Os hotéis e restaurantes ficam bem mais cheios, o trânsito mais intenso e os preços mais altos. O QUE LEVAR Para velejar você não precisa de nada além de bermuda, camiseta, protetor solar e óculos de sol. Escolas de vela como a BL3 (www.bl3.com.br, tel.12 3896-1271) fornecem todo o material necessário: do barco ao colete salva-vidas. Se quiser ter o próprio equipamento, saiba que a classe laser é uma das mais baratas e populares do iatismo. É possível comprar um bom casco usado por cerca de R$ 10 mil, enquanto um modelo novo pode custar em torno de R$ 25 mil. A vantagem da laser também está na sua praticidade. Tripulado por apenas um velejador, seu barco pesa somente 56,7 quilos, podendo ser transportado facilmente em carretas ou até sobre o carro. PALAVRA DE QUEM CONHECE “A Ilhabela é o paraíso da vela. O canal de São Sebastião, que separa a ilha do continente, mais do que dobra a velocidade dos ventos da região. Se não tem vento sul, tem vento leste. E às vezes tem os dois. A água é limpa e tem a temperatura ideal. Por ser um lugar muito explorado por velejadores, já se sabe onde estão os melhores ventos e as melhores ondas. Por isso, é um dos lugares preferidos de atletas de ponta, como o Robert Scheidt, bicampeão olímpico (1996 e 2004) e 11 vezes campeão mundial na classe Laser. Essa classe é muito difundida por ser individual e one design, ou seja, todos os barcos são iguais. Em qualquer lugar do mundo, você vai velejar com o mesmo modelo de barco. Além disso, tem um custo razoável. É um barco arisco, exige muito das pernas, do abdômen, das costas e dos braços. Mas ao mesmo tempo é super-relaxante. É você, o mar e o vento. A sensação é de liberdade e de muita individualidade – você decide o que fazer, sem opiniões”, diz Andreas Perdicales, 35 anos, que há duas décadas compete na classe Laser – foi campeão paulista, nacional, do hemisfério sul, 5o lugar no mundial, além de ter sido sparring na Olimpíada de Pequim (2008) e até hoje ser companheiro de treino de Scheidt na Ilhabela. ONDE FICAR A pousada Armação dos Ventos (www.bl3.com.br/armacao-dos-ventos, tel. 12 3896-1271), na praia da Armação, a 7 quilômetros da vila, pertence à escola de vela BL3. Tem confortáveis suítes, ótimo café da manhã e uma linda vista para o canal de São Sebastião. A aula de vela custa R$ 195/ hora. O QUE COMER O forte da Ilhabela são os frutos do mar. O Marakuthai (Av. Força Expedicionária Brasileira, 495, Santa Tereza, tel. 12 3896-5874), da jovem e cultuada chef Renata Vanzetto, oferece deliciosos peixes com toque tailandês. No mesmo estilo, mas com preços mais em conta, tente o Nova Iorqui (Av. Mario Covas Jr., 18322, Frades, tel. 3894-1833). PASSEIO IMPERDÍVEL Para fugir do agito cada vez maior da Ilhabela, rume para o Bonete. A vila caiçara, no sudeste da ilha, voltada para o mar aberto, tem 800 metros de areia clara e mar pontilhado por barcos de pescadores que moram ali – calcula-se haver 250 habitantes. As ondas são boas para o surf. Chega-se lá de barco ou por uma trilha de 12 quilômetros que leva 4 horas e passa por cachoeiras.
Arvorismo em Pipa (RN)
Ludmila de Abreu/Pipa Aventura O circuito de Arvorismo em Natal incluí 11 plataformas e uma tirolesa de 300 metros. Onde fica Pipa fica a 85 quilômetros de Natal (RN), cerca de uma hora de viagem pela BR- 101, sentido sul. Em Goianinha, pegue a RN-003 até Pipa. Trata-se de um dos principais cartões postais do nordeste brasileiro. O visual do mar multicolorido a partir dos 25 metros de altitude do Chapadão (formação rochosa à beira-mar) explica por que tantos estrangeiros decidem morar nessa praia potiguar. O circuito de arvorismo com 11 plataformas e uma tirolesa espetacular de 300 metros, como grand finale, foi montado em meio a uma das mais importantes reservas de Mata Atlântica do Rio Grande do Norte. O passeio começa com uma caminhada de cerca de 900 metros por trilhas da mata, até a estrutura montada sobre as copas das árvores. O Pipa Aventura fica na avenida Bahia dos Golfinhos, 654. Fone: (84) 3246-2008 / contato@pipaaventura.com.br. Quando ir A dica é evitar os meses entre abril e junho (até meio de julho), período que chove mais na região. O que levar O importante é usar tênis, bermuda e camiseta confortáveis. Protetor solar e repelente devem fazer parte da bagagem. A empresa fornece todo o equipamento necessário para a aventura. A travessia é feita de uma copa de árvore à outra em uma montagem de trilhas, passarelas e redes. O percurso é feito com você preso a cintos tipo cadeirinha, que desliza por um cabo de aço através de roldanas e outras estruturas suspensas através de cordas e cabos de aço. Palavra de quem conhece “É muito impressionante ver o mar quando se está na plataforma número 6! O percurso todo leva cerca de uma hora e meia. A grande atração é o contato com uma natureza preservada muito bonita, com árvores enormes e macacos dando o ar da graça durante a travessia. A adrenalina aumenta na hora da tirolesa: você tem a impressão que está indo direto para a copa das árvores, mas está, sim, entrando em um túnel até o solo”, diz o empresário Renato de Souza Sobral Júnior, baiano de Salvador, de 34 anos, há 10 vivendo em Pipa. Onde ficar Pousada Toca da Coruja. Avenida Baía dos Golfinhos, 464, Centro. Fone: (84) 3246- 2226 / www.tocadacoruja.com.br . Passeio imperdível O Santuário Ecológico de Pipa tem 14 trilhas para caminhada de percursos curtos, bem sinalizados e educativos. Ao final da trilha do Velho Castelo, o mirante da Prainha descortina a sensacional baía dos Golfinhos. Na época do acasalamento, os machos surfam e pulam fazendo “parafusos” no ar. Quando nasce o bebê, a fêmea nada de barriga para cima, apoiando o filho até ele aprender a nadar. Já os 162 degraus da trilha do Pirata descem para a praia do Madeiro, tido como uma das mais belas praias do Nordeste. Durante a caminhada, o visitante observa de perto diversas espécies vegetais e animais, como os micos, que fazem a festa pendurados em cipós. De janeiro a junho, você pode acompanhar a abertura de ninhos de tartarugas marinhas, coordenadas pelo Projeto Tamar. Estrada para Tibau do Sul, a dois quilômetros de Pipa. Fone: (84) 3211-6070.
O que comer
Moqueca de Camarão no tradicional restaurante Cruzeiro do Pescador. Preparado em panela de barro, com leito de coco e azeite de dendê. Rua dos Concris, 1. Fone: (84) 3246-2026 / www.cruzeirodopescador.com.br .
Escalada da Pedra do Baú (SP)
Eliseu Frechou Paisagem Pedra do Baú, no município de São Bento do Sapucaí. Onde fica Quando ir O que levar Palavra de quem conhece Onde ficar Grande Hotel Campos do Jordão – Avenida Frei Orestes Girardi, 3549, Vila Capivari, Campos do Jordão. Fone: (12) 3668-6000 / www.grandehotelsenac.com.br . O que comer Frutas ao Mel – Para quem gosta de sorvete com sabores inusitados, esse é o lugar. O gelado de queijo tem fiapos de parmesão. Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 386, Centro, São Bento do Sapucaí. Fone: (12) 3971-1202. Passeio imperdível
A Pedra do Baú (com 1.950 metros de altura) fica no município de São Bento do Sapucaí, no interior de São Paulo, a 182 quilômetros da capital. Campos do Jordão, a 194 quilômetros de São Paulo, também é usada como base para escalar o conjunto de rochas, que, além do Baú, conta ainda com o Bauzinho e Ana Chata.
A melhor época para fazer a escalada vai de maio a setembro, quando chove menos na região. Em julho, Campos do Jordão fica lotada de turistas que vão para curtir o frio e o festival de música clássica.
Para quem não tem experiência em escalada, é recomendável subir pela via ferrata, que são degraus metálicos encravados na rocha. A Altus Turismo (www.altus.tur.br / (12) 3663-8375), em Campos do Jordão, organiza a subida que dura o dia todo. O equipamento de segurança é fornecido pela empresa, mas é bom chegar de bota, roupa leve e agasalho de chuva. Para os experientes em escalada ou que desejam fazer um curso na modalidade, a dica é a Montanhismus, a primeira escola de montanhismo do Brasil, em atividade desde 1989, sob a coordenação de Eliseu Frechou, referência nacional no esporte (www.montanhismus.com.br / (12) 3971-1470), em São Bento do Sapucaí. Para quem vai subir por conta própria, sempre com o cuidado de ter a companhia de outro atleta experiente, é importante levar: cadeirinha, corda de 60 m entre 9,7 e 10,2 mm, 15 mosquetões D simples, 8 costuras completas de tamanhos ente 10 cm e 20 cm, 1 mosquetão D com trava para a solteira, 1 mosquetão Pera para o freio, freio tubo, fitas de tamanhos diversos entre 60 cm e 120 cm, cordelete 6 mm, sapatilha, carbonato de magnésio, capacete, lanterna de cabeça, canivete, mochila de 25 a 35 litros e agasalho para chuva.
“A Pedra do Baú é o principal polo de escalada no Estado de São Paulo, um símbolo da Serra da Mantiqueira. Já perdi a conta de quantas vezes subi, faço essa escalada desde 1987 e é uma aventura sempre diferente. O pôr do sol também sempre tem cores diferentes. A Pedra é muito imponente, o visual lá de cima é bonito demais. Devo tudo a esse lugar, tenho uma relação afetiva com ele. Quando cheguei aqui, só trazia uma corda e 20 mosquetões. Hoje, tenho três filhos (Jorge, de 8 anos, Artur, de 17, e Vitor, de 19) que sempre sobem comigo e uma vida ligada ao esporte. Além da paisagem incrível, gosto do contato com a natureza, ver as araucárias, encontrar tucanos, lobo-guará, jaguatirica e outros animais na trilha – tudo isso bem perto de São Paulo”, diz Eliseu Frechou, montanhista de 46 anos, nascido em Curitiba, criado em São Paulo, com mais de 20 anos de experiência no esporte, responsável pela abertura de 190 vias de escalada na região.
Pousada do Quilombo – Estrada do Quilombo, 1403, São Bento do Sapucaí. Fone: (12) 3971-2688 / www.pousadadoquilombo.com.br .
Harry Pisek – Trata-se de um dos melhores restaurantes de gastronomia alemã no Brasil. São 30 tipos de salsicha produzidos artesanalmente. Destaque também para o eisben (joelho de porco) com chucrute e o kassler (bisteca suína) com spätzle, tipo de nhoque alemão. Avenida Pedro Paulo, 857, Jardim Embaixador, Campos do Jordão. Fone: (12) 3663-4030.
Ateliê Ditinho Joana – Famoso no Brasil e no exterior, Benedito da Silva Santos, o Ditinho Joana, apresenta e comercializa esculturas em madeira nobre, como o jacarandá, desde 1974. Ele retrata o dia a dia do povo da roça usando um único pedaço de tronco. Além da beleza das peças, a visita também rende alguns “dedinhos de prosa” com o artista. Bairro do Quilombo, a 3 quilômetros do centro de São Bento do Sapucaí. Fone: (12) 3971-2579.
VOO LIVRE DE PARAPENTE NA ILHA DO MEL (PR)
Christophe Schmid Paisagem Ilha do Mel, no estado do Paraná. ONDE FICA A Ilha do Mel fica no oceano Atlântico, a 24 quilômetros do porto de Paranaguá, o segundo maior do Brasil, no Estado do Paraná. Para chegar lá a partir de Curitiba, deve-se pegar a BR-277 até a cidade de Paranaguá, de onde saem as embarcações para a ilha – são duas horas no mar até a vila de Nova Brasília, onde estão concentrados os hotéis e os restaurantes. É possível ainda embarcar em Pontal do Sul, a 10 quilômetros de Paranaguá – nesse caso, a viagem marítima leva de 40 minutos até Nova Brasília e 30 minutos até a praia de Encantadas, onde fica o agito e onde ocorrem os festivais de voo livre. A trilha entre Nova Brasília e Encantadas tem 6 quilômetros e pode ser percorrida em duas horas. É possível também fazer o trajeto de barco. QUANDO IR O ano inteiro. Mas o voo depende das condições do clima. Só é permitido decolar com ventos de nordeste e sudeste. Entre maio e junho, acontece o festival de voo livre, quando mais de 100 pilotos de várias partes do Brasil voam pelos céus da ilha. Para se informar sobre a data, entre em contato com o Clube de Voo Livre da Ilha do Mel (41 3426-8226 e 41 9624-0589). O QUE LEVAR Se você é iniciante e for fazer um voo duplo, não precisa trazer nada. Basta entrar em contato com o Clube de Voo Livre da Ilha do Mel e pedir o contato dos pilotos cadastrados. Se você já é mais graduado, é obrigatória a utilização de um rádio de frequência VHS. “Pode parecer chavão, mas o grande prazer do voo livre é a sensação de liberdade. Você consegue voar sem ter asas. E como na Ilha do Mel os ventos são lisos, sem turbulência, o voo é sempre tranquilo, sem treme-treme. Nem os iniciantes têm motivo pra ficar nervosos. Por isso, estamos falando de um dos melhores lugares do Brasil para começar a voar. A decolagem é feita do morro do Sabão, a 80 metros de altitude. Daí subimos para 400 metros. Lá de cima, dá pra ver todo o contorno da Ilha do Mel, o forte, o farol. Também dá pra ver o porto de Paranaguá, boa parte do litoral paranaense e a Serra do Mar. E o pouso é feito na linda praia das Encantadas, no Mar de Fora”, diz Herbert Cassoli, o Rato, 38 anos, presidente do Clube de Voo livre da Ilha do Mel. ONDE FICAR A Pousada Voo Livre, na praia das Encantadas, a 300 metros da areia, traz no nome a especialidade de seu proprietário. Em Nova Brasília, na Praia Grande, está o Grajagan Surf Resort (www.grajagan.com.br; 041 3426-8043), um dos melhores hotéis da ilha. O QUE COMER O prato típico, mas cada vez menos comum, na Ilha do Mel, é o arroz lambe-lambe, preparado com mariscos em panelas de barro e que obriga o comensal a lamber as conchas do molusco. Em junho, época da pesca da tainha, prove o peixe assado, frito ou na folha de bananeira. PASSEIO IMPERDÍVEL Em pouco mais de meia hora de lancha, chega-se à Baía dos Golfinhos. Há quem diga que apenas Fernando de Noronha (PE) é melhor para ver o malabarismo dos cetáceos. No caminho, a indicação é degustar uma ostra fresca na ponta oeste da ilha. O passeio dura em média duas horas.
PALAVRA DE QUEM CONHECE
BOULDERING NA PEDRA RACHADA, EM SABARÁ (MG)
Laura Volponi Daniel Mendes Antunes praticando bouldering na Pedra Rachada ONDE FICA QUANDO IR O QUE LEVAR PALAVRA DE QUEM CONHECE ONDE FICAR O QUE COMER PASSEIO IMPERDÍVEL
Sabará está apenas a 22 quilômetros de Belo Horizonte. Para chegar lá, a partir da região metropolitana da capital mineira, deve-se pegar o anel rodoviário (BR-381/BR-262) ou as avenidas José Cândido e Cristiano Machado. A Pedra Rachada, serra onde se espalham quase cem blocos de pedra de até sete metros, fica a cerca de 15 quilômetros do centro de Sabará. Trata-se de um dos melhores setores de boulder para se escalar no Brasil.
É possível fazer bouldering na Pedra Rachada o ano inteiro. Mas a melhor época é durante o outono e o inverno (de maio até o início de setembro), quando as temperaturas ficam mais amenas e a umidade relativa do ar cai, o que melhora a aderência da mão à pedra. É nesta época, normalmente em julho, que acontece o Festival da Pedra Rachada, um dos mais tradicionais do Brasil.
É obrigatório o uso do crash pad, um tapete de espuma para amortecer o corpo em caso de queda. É muito aconselhável também a presença de uma segunda pessoa para ajudar na definição da linha a ser escalada e para ir posicionando o crash pad conforme a movimentação do escalador. Se você é iniciante, contrate um guia que vai lhe auxiliar a dar os primeiros passos. Uma sapatilha de escalada, mais justa e emborrachada, auxilia na aderência dos pés à pedra. Pó de magnésio ajuda a secar o suor das mãos e aumenta a aderência. Há ainda quem goste de levar uma pequena escova para limpar o local das agarras na pedra.
“Ver um bloco de pedra e encontrar o caminho pra chegar ao seu topo sem o uso de cordas é o desafio que move o praticante do bouldering. É você e a pedra. Não se tratam de pedras grandes. Elas têm de 2 a 7 metros, mas o que vale é este desafio de alcançar o cume usando apenas o próprio corpo. É como desvendar um mistério. Você precisa de cabeça, equilíbrio, força e técnica. A concentração é fundamental. As capacidades necessárias e desenvolvidas no bouldering ajudam no dia a dia, na hora de tomar uma decisão, de ter equilíbrio mental, de mensurar os riscos”, diz o escalador Daniel Mendes Antunes, que pratica o bouldering na Pedra Rachada há 11 anos.
No Adrena Sport Hostel (tel. 31 3657-9970, www.adrenasporthostel.com.br), é possível dormir em um cama suspensa, parecida às utilizadas em escaladas. A pousada de melhor localização é a Villa Real (tel. 31 3671-2121, www.pousadavillareal.net), a 100 metros do centro comercial e histórico.
Prove o Ora-pro-nóbis (Rogai por nós, em latim). Trata-se uma planta trepadeira refogada. O restaurante 314 Sabarabuçú (R. Dom Pedro II, 279, tel. 31 3671-2313) serve o prato todos os dias.
Sabará nasceu como ponto de descanso para os bandeirantes. Não deixe de conhecer as relíquias históricas da cidade. São 19 conjuntos arquitetônicos e bens culturais tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No centro, está concentrada a maior parte das atrações. A Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, de 1710, é uma das mais antigas do Brasil. A Igreja da Nossa Senhora do Ó, de 1717, é uma das obras mais importantes do barroco mineiro. A Igreja Nossa Senhora do Carmo, de estilo barroco rococó, traz uma série de obras de Aleijadinho. Coloque na lista de visitas o conjunto arquitetônico da rua Dom Pedro II, com destaque para o Solar do Padre Correia, a casa Azul e a casa da Ópera, também conhecida como Teatro Municipal, que data de 1819.
Canoa havaiana na Praia da Urca (RJ)
Celuza Joselli Para Alan o visual do Pão de Açúcar, faz da praia da Urca um dos lugares favoritos para remar no país. Onde fica Quando ir O que levar Palavra de quem conhece Onde ficar Premier Copacabana – Rua Tonelero, 205, Copacabana. Fone: (21) 3816-9090 / www.premier.com.br . O que comer Passeio imperdível momento mais lindo para se fazer esse passeio é próximo ao pôr-do-sol, quando dá para acompanhar o Rio acendendo suas luzes. Avenida Pasteur, 520, Urca. Fone: (21) 2546-8400 / www.bondinho.com.br .
A Praia da Urca fica no Rio de Janeiro, cidade que está a 451 quilômetros de São Paulo e 1.170 de Brasília. Para quem vai ao Rio de avião, e chega ao Aeroporto Santos Dumont, a dica é escolher uma poltrona do lado direito da aeronave para apreciar o Cristo Redentor e outros cartões postais da Cidade Maravilhosa – o apelido realmente não é à toa.
É possível remar na Urca durante todo o ano. Para quem está começando no esporte, as águas abrigadas dessa praia oferecem condições estáveis para a embarcação. Perto da Urca, na Praia Vermelha, durante o verão, o mar costuma ficar mais calmo – ideal para remadas fora da baía, em direção às praias da zona sul, Niterói e ilhas oceânicas. O clube de canoa havaiana Carioca
Va ́a (www.facebook.com/canoapolinesia) tem bases que funcionam de forma ininterrupta tanto na Urca como na Vermelha.
Durante a iniciação, o Carioca Va'a empresa o equipamento, até que o o remador compre seu próprio remo e colete. Para os treinos costuma-se levar água, protetor solar, boné/viseira e óculos escuros. Quem já conhece o assunto e deseja a primeira canoa para remar sozinho, o investimento é de cerca de R$ 4 mil. As canoas individuais (7 metros; de 15 a 18 kg) de alta performance custam na faixa de R$ 6 a 10 mil.
“É uma modalidade viciante. Remar sozinho, além de ser muito gostoso, dá a liberdade para grandes distâncias, 20, 30 quilômetros em três horas no mar, longe da zona de arrebentação. No exterior, o lugar mais marcante onde estive de canoa havaiana foi a Ilha de Páscoa. Aqui no Brasil, remar na Urca rende um super visual do Pão de Açúcar. Sem contar que a logística para remar lá é ótima, com estacionamento e base para a canoa. Quando o mar está mexido, é necessário experiência para conseguir uma boa performance. É um esporte que exige concentração e um cuidado muito maior com a técnica do que com a força. Uma vez remando sozinho não dá para pensar em mais nada”, comenta o tetracampeão brasileiro, vice sul-americano e vice mundial Alan Reynol, paulistano de 31 anos.
Olinda Rio Hotel – Avenida Atlântica, 2230, Copacabana. Fone: (21) 2159-9000 / www.olindariohotel.com.br .
Bar e Restaurante Urca – Às margens da Baía da Guanabara, com vista para o Cristo e à entrada do histórico Forte São João, a família Gomes (três gerações de Armandos: pai, filho e neto) serve clássicos da culinária portuguesa que caíram tão bem ao paladar carioca. O tradicional restaurante de 1939 tem uma linha de bacalhau e petiscos como sardinha frita, pastéis, empadas, caldos de frutos do mar e de feijão. Rua Cândido Gaffrrée, 205, Urca. Fone: (21) 2295-8744 / www.barurca.com.br
Vem gente do mundo inteiro para ver, mas muitos brasileiros (e cariocas!) ignoram um dos passeios mais espetaculares do país: o Bondinho do Pão de Açúcar, idealizado pelo engenheiro carioca Augusto Ferreira Ramos. O trecho Praia Vermelha-Morro da Urca foi inaugurado dia 27 de outubro de 1912; já o trecho Morro da Urca-Pão de Açúcar começou a funcionar dia 18 de janeiro de 1913. Foi o primeiro bondinho do Brasil; o terceiro do mundo. O primeiro bondinho, de madeira, funcionou até 1972, tinha velocidade média de 7,2 km/h e capacidade para 22 pessoas. O bondinho atual é o terceiro: “voa” a 36 km/h e leva até 65 pessoas. A viagem, em cada trecho, dura 2min40seg. O Morro da Urca tem 220 metros. O Pão de Açúcar, 396 metros. O
Vou de Bike!
Jack Murgatroyd
Marcelo Loureiro sempre acreditou no seu taco. Já fez um pouco de tudo na vida como empresário e sempre enxergou valores antes de eles acontecerem. É um inovador. Depois que deixou o Brasil e se mudou para os Estados Unidos, começou a buscar startups com novas ideias e investiu todo o seu potencial e sua criatividade no projeto chamado Spinlister. Na verdade, o projeto já existia mas ele retomou e deu um gás, por isso, costuma dizer que é o refundador da Spinlister. Marcelo sempre gostou de esportes e, principalmente, de bicicleta. A ideia do Spinlister é simples e ousada, principalmente por se tratar de uma plataforma global. A ideia inicial não era essa, mas, quando viu que o interesse vinha dos quatro cantos do planeta, saiu à conquista do mundo. O objetivo do Spinlister é conectar proprietários de bicicletas com pessoas interessadas em alugá-las para os mais diversos fins. O Spinlister entra como intermediário, dando garantias a um e a outro. Marcelo é daqueles que acreditam numa ideia e fazem de tudo para levá-la adiante. Juntou a criatividade com a tecnologia e foi à luta. Seu sonho é fazer com que as pessoas dividam, desde experiências e saberes, até bens materiais, como aquela bike que, quem sabe, estava lá meio parada, meio esquecida num canto da garagem ou do quintal. Ele investe no aplicativo para que a integração passe a fazer parte da vida das pessoas neste mundo moderno e, muitas vezes, criticado por ser muito individualista. Sua ideia de conectar pessoas está dando certo. Hoje já são mais de 50 países interessados e participando do projeto Spinlister. O sucesso da plataforma é tão grande que Marcelo não quis se restringir apenas às magrelas. Seu projeto é expandir para os esportes de ação, criando a possibilidade de alugar pranchas de surf, esquis e stand-up paddle em qualquer parte do mundo. Um conceito 100% inovador. Ele tem certeza de que o conceito de sharring economy, de dividir e compartilhar, essa coisa da troca, é uma onda que cresce e entusiasma as pessoas. Marcelo tem plena consciência de que seu projeto é ambicioso e difícil, mas gosta que seja assim. O seu negócio é enfrentar desafios, encontrar soluções, muitas vezes partindo do zero. A sua paixão é ver uma ideia original ser colocada de pé e, no caso do Spinlister, se espalhar pelo mundo. Marcelo acha que existe, sim, uma guerra – talvez entre aspas – entre um motorista de automóvel e um ciclista. É preciso conscientizar o motorista para ter mais respeito com o ciclista, entender que a bike deixou de ser apenas divertimento para transformar-se num meio de transporte viável e ecologicamente correto, nessas metrópoles onde transbordam automóveis, onde a mobilidade está na pauta do dia. Por ser um aplicativo seguro, onde os usuários assinam um acordo responsabilizando-se por danos e perdas, ele vem ganhando mais e mais adeptos, uma verdadeira onda de confiança que só faz crescer a ideia. Para ele, a bike sempre esteve na moda e não é de hoje. A diferença é que neste mundo agitado ficou claro, ficou óbvio, que ela pode ser uma solução mais inteligente para as grandes cidades, as metrópoles espalhadas por todos os continentes. Mesmo em São Paulo, ele acha que é possível mudar a filosofia de vida. Para ele, é difícil dizer que cidade no mundo de hoje apresenta condições, digamos, perfeitas para uma vida em que automóveis, bicicletas e moradores possam viver em perfeita harmonia. Aposta e cita o exemplo de Austin, no Texas. Para ele, Austin parece o lugar ideal para andar de bicicleta, o paraíso. Ele sente no retorno que recebe dos usuários, que as pessoas, muitas vezes desconfiadas, estão ficando mais abertas para novas experiências. Ele já captou que as pessoas, tanto as que alugam quanto as que pagam por esse aluguel, estão ficando mais felizes porque enxergam um mundo que andava meio esquecido. O compartilhamento só tem trazido bons resultados para todos. Posso dizer com toda a segurança que hoje no planeta em que vivemos já existe uma comunidade Spinlister.
DUCK NA CHAPADA DOS GUIMARÃES
Tribo do Remo Ecoaventuras O cenário natural exuberante é, com certeza, um dos pontos altos da prática de Duck. ONDE FICA O município da Chapada dos Guimarães, de apenas 18 mil habitantes, fica no Mato Grosso, a 69 quilômetros de Cuiabá. O melhor acesso é pela rodovia MT-305. Para quem vem do sul, a estrada é a BR-070, nem tão bem conservada. De ônibus, o trajeto dura cerca de 75 minutos. O parque nacional que leva o nome da cidade está a 13 quilômetros do centro. QUANDO IR Os rios que correm aos pés dos paredões da Chapada dos Guimarães permitem a prática da canoagem o ano inteiro, mas de junho a novembro, quando as chuvas cessam, a água fica mais cristalina e a aventura, mais bonita. O QUE LEVAR As agências locais fornecem todo o equipamento necessário: o duck (espécie de caiaque inflável), o remo, o capacete e o colete. Ao aventureiro, basta chegar de bermuda, camiseta e com um calçado bem preso aos pés. Protetor solar é importante. PALAVRA DE QUEM CONHECE “Cuiabá e a região da Chapada dos Guimarães são muito quentes – faz 40 graus fácil. Descer os rios da região de duck é um refresco impressionante. A natureza local é exuberante. A vegetação de cerrado nas margens é bruta, selvagem e linda. Você vê pássaros, como o martim-pescador e o socó-boi. Dá pra descer do duck, fazer flutuação [descer o rio boiando] e mergulhar com máscara e snorkel em piscinas naturais cheias de peixe. O passeio mais longo e bonito é pelo rio Paciência, que nasce no parque nacional: são quatro horas e meia e 11 quilômetros rio abaixo”, diz Lino Bezerra, guia de turismo, professor de remo para atletas de corrida de aventura e proprietário da Tribo do Remo (tel. 65 9988-4010 e www.tribodoremo.com.br). ONDE FICAR A pousada Penhasco (tel. 65 3624-1000 e www.penhasco.com.br), a 3 quilômetros do centro de Chapada dos Guimarães, tem 54 apartamentos, três salas de reunião, restaurante para 300 pessoas, seis piscinas (sendo três aquecidas) e campo de futebol. Menor e mais simples, mas também aconchegante, a pousada Bom Jardim (tel. 65 3301-2668 e www.pousadabomjardim.com.br) fica no centro da cidade. O QUE COMER Para provar os peixes da região, como o piraputanga e o matrinxã, sente-se à mesa do Peixe & Cia (rua Cel. Maneco Albernaz, 16, tel. 65 3301-1282). O Bistrô da Mata (avenida Morro dos Ventos, s/n, tel. 65 3301-3483 e www.bistrodamata.com.br) serve um famoso bacalhau. PASSEIO IMPERDÍVEL A 46 quilômetros de Chapada dos Guimarães, a Aroe Jari é a maior caverna de arenito do Brasil. Tem 1.550 metros de extensão. Seu interior apresenta desenhos rupestres e inúmeras cachoeiras. Próximo à entrada está a Lagoa Azul, uma piscina natural que reflete sua cor azulada nas paredes da gruta. Para chegar lá, é preciso fazer um trekking de aproximadamente 3 horas. A beleza da caverna e a cor da lagoa compensam.
Descubra a África do Sul!
“De todos os lugares que já conheci, a África do Sul é o mais parecido com o Brasil, um lugar onde as pessoas estão sempre felizes. Sem dúvida, um dos picos mais excepcionais que conheci em toda a minha vida – e não imaginava que ficasse tão perto de casa: voo de menos de 8 horas até lá.” O depoimento empolgado é do surfista Everaldo Pato, que se surpreendeu com a África do Sul mesmo tendo o passaporte repleto de carimbos graças às jornadas pelo mundo feitas em família ao lado da cineasta Fabiana Nigol e da filha Isabelle Nalu (Nalu quer dizer onda em havaiano, país onde ela nasceu). As andanças dos três ganharam repercussão nacional com os episódios do programa Nalu pelo mundo, no canal Multishow. Pato e Fabi foram à África do Sul e ficaram de boca aberta com o que viram. Um vídeo interativo, mostrando o dia a dia do casal, deixa evidente a experiência simplesmente extraordinária que viveram (assista: www.descubraafricadosul.com). Eles estiveram em Joanesburgo, Soweto, Durban, Cidade do Cabo, fizeram safári, surfaram uma dos melhores ondas da Terra em Jeffreys Bay e provaram os vinhos da região vinícola de Stellenbosch. Em Joanesburgo (Jozi para os íntimos), deram destaque para os museus, para a agitada vida noturna, para as compras e para o ambiente cosmopolita. Além de ser uma cidade apaixonante e vibrante, Joanesburgo preserva locais históricos de importância política e social para o mundo, como o “Berço da Humanidade”, um sítio arqueológico que abriga as Cavernas de Sterkfontein e designado Patrimônio Mundial pela Unesco. Já o melhor da arte moderna de Joanesburgo fica em Braamfontein (grafites e galerias de arte), que também abriga grande variedade de cafés e restaurantes, além de bares e clubes noturnos. Em Soweto, a visita obrigatória é à Casa de Mandela, local de importância histórica inigualável, mas o lugar onde a cineasta Fabi delirou foi a queda livre de dentro de uma das Torres Orlando (Pato, por sua vez, foi à loucura com o bungee jump).” Na hora de apreciar o mundo selvagem, há diversas reservas no país nas quais você pode observar os big five (búfalo, elefante, leão, leopardo e rinoceronte), que dão as caras para alegria dos turistas. Os amantes do surf, como Pato, também não têm do que reclamar: uma das dez melhores ondas do planeta fica em Jeffreys Bay, no coração da Sunshine Coast, no Estado de Eastern Cape. Para quem prefere mergulho, a dica é Sodwana Bay, com abundante vida marinha e excelente visibilidade, na província de KwaZulu-Natal. Um brinde especial foi feito por Pato e Fabi na região vinícola de Stellenbosch, considerada a capital do vinho da África do Sul, com mais de 60 vinícolas em operação (a maioria aberta para degustações). E, para fechar a viagem e fazer um retrospecto mental de toda a experiência, um passeio pelo teleférico que leva ao topo de Table Mountain, na Cidade do Cabo, e de onde se tem uma das vistas mais impressionantes do mundo. Seja lá qual for sua atividade preferida, a África do Sul não vai decepcionar você – como fica claro nas expressões de Pato e Fabi, que você vê nas fotos a seguir.
MOUNTAIN BIKE NA SERRA DO CIPÓ (MG)
Marcos Dallaval, Mauricio Sciancalepre e José Aparecido
A Natureza é muito bem preservada no Parque, por isso todo o trajeto é bem rústico.
ONDE FICA
A Serra do Cipó está localizada no Estado de Minas Gerais (ao sul da Cordilheira do Espinhaço), a 70 quilômetros do aeroporto de Confins e a 100 quilômetros de Belo Horizonte. O principal acesso é pela rodovia MG-10, passando por Lagoa Santa e São José de Almeida. São 100 mil hectares de cerrados, campos rupestres e matas. Tudo recheado com rios, cachoeiras, cânions e cavernas.
QUANDO IR
É possível pedalar o ano inteiro pela região, mas, para evitar o período das chuvas, é melhor ir de março a novembro.
O QUE LEVAR
É preciso trazer sua própria mountain bike. Capacete, luva e garrafa para água são indispensáveis. Por se tratar de uma pedalada longa, há quem faça questão de um revestimento de gel para o banco. Protetor solar, repelente e óculos escuros também devem estar na bagagem. A Bela Geraes (31 3718-7394, www.belasgeraes.com.br), agência que organiza passeio de bike pela serra, leva ferramentas e peças sobressalentes para o caso de quebra.
PALAVRA DE QUEM CONHECE
“A pedalada pela Serra do Cipó é uma das mais bonitas que já fiz. É um lugar ainda pouco explorado, tudo é um pouco mais rústico. Todo dia a gente vê e mergulha em alguma cachoeira. Entre elas, a do Tabuleiro, a terceira mais alta do Brasil [273 metros]. Eu fiz o percurso que dá a volta no Parque Nacional da Serra do Cipó. Foram sete dias e 200 quilômetros de pedal, a maior parte de single track [quando a trilha permite a passagem de apenas uma bicicleta por vez]. A altimetria [diferença de altitude] foi de 6 quilômetros. Não é um roteiro para iniciantes. Passamos por trechos da Estrada Real e dos Caminhos dos Tropeiros. Um percurso como esse mistura o prazer de pedalar e de praticar esporte, com o desafio de vencer cada dia de pedalada e com o visual impressionante. A bike leva você a lugares que o carro não chega. Dorme-se e come-se muito bem, em pousadas e em fazendas. É uma pedalada obrigatória pra quem gosta do mountain bike”, diz o engenheiro paulistano Marcos Dallaval, 53 anos, presidente e fundador da Turma do Pedal, biker há 15 anos e que já pedalou, entre outros lugares, na Chapada Diamantina (Bahia), no caminho de Santiago de Compostela (Espanha) e no deserto de Moab, em Utah (EUA).
ONDE FICAR
Fazenda Monjolos: acesso pelo km 95 da MG-010 para Lagoa Santa, tel. (31) 3718-7011, www.fazendamonjolos.com.br
Pousada Pôr do Sol: Rua Canela de Ema, 53, Santa Rita, tel. (31) 3718-7394.
O QUE COMER
Não faltam restaurantes para saborear a típica comida mineira. Uma ótima opção é o Coqueiros (Rodovia MG-010, km 90). O Parador Nacional (Alameda das Orquídeas, 180, tel. 31 9984-3278) serve comida variada.
PASSEIO IMPERDÍVEL
Uma estrada de 42 quilômetros desde o distrito de Serra do Cipó leva até Lapinha da Serra. Dali, uma canoa atravessa uma lagoa e chega até um lugar de beleza ímpar e com sítios arqueológicos com pinturas rupestres que datam de mais de 8 mil anos. Segundo historiadores, são pinturas feitas pela mesma turma da Luzia, fóssil mais antigo de um hominídeo encontrado nas Américas. Entre os desenhos, espécies da fauna local, como veados, cervos, tamanduás e onças, e a representação de atividades cotidianas, como a caça. O passeio, que começa por volta das 9h e segue até o fim da tarde, pode ser feito por conta própria ou com agências locais, que providenciam para o almoço uma deliciosa carne de lata – conservada na gordura do porco.
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Stand up paddle em Ubatuba (SP)
Onde fica Ubatuba é uma das principais cidades do litoral norte de São Paulo. Fica a 234 quilômetros da capital. Boa parte de suas 75 praias permanece intocada e 80% de sua Mata Atlântica está preservada. Quando ir Dá para remar o ano inteiro em Ubatuba. Muitos remadores experientes preferem o inverno por não sofrer com o forte calor durante extensas travessias. O melhor horário é bem cedo ou no fim de tarde, quando há menos vento e o mar fica mais liso. Não entre no mar com stand up paddle quando estiver chovendo com incidência de raios. O que levar Para quem não tem habilidade no esporte e está disposto a aprender, a base do Ubatuba SUP, na Praia do Cruzeiro, Centro [avenida Iperoig, 370, fone: (12) 3833-5799 / ubatubasup@hotmail.com], oferece aulas e aluguel dos três itens básico para a prática do stand up paddle: prancha, remo e a cordinha (leash) que se amarra no pé. Além disso, é importante ter uma bolsa de hidratação para poder beber água durante a remada. Viseira e colete também são recomendáveis. Palavra de quem conhece “Comecei a remar em 2008, durante a recuperação de duas cirurgias ortopédicas. Estava em Ibiraquera (SC), impossibilitado de qualquer atividade física em pé, mas me aventurei em um caiaque e passei horas remando. No retorno para São Paulo, já estava decidido a me dedicar à canoa havaiana e ao stand up paddle assim que meu joelho permitisse. Com os treinamentos, percebi que o stand up paddle não tem apenas um grande barato – tem vários. Trata-se de uma modalidade altamente inclusiva e, ao mesmo tempo, é um esporte de alta performance. Atualmente existem surfistas dropando ondas de SUP [stand up paddle] em picos como Jaws e Teahupoo, duas das bancadas mais temidas do mundo. Há também quem prefira o sprint – corridas de velocidade de curta distância em água parada – ou até mesmo travessias marítimas. Me encanta poder cumprir trajetos remando em pé que normalmente são percorridos somente por barcos. O prazer da prática do SUP em Ubatuba está no fato da diversidade de condições: desde águas calmas e baías abrigadas até praias com altas ondas. Um cenário perfeito para a evolução dos atletas, seja lá qual for a sua habilidade. Independentemente do nível do praticante, o ponto de encontro da cidade fica no centro, na base do Ubatuba SUP, onde há uma loja especializada e treinos. Remadores tarimbados saem dessa base e vão até Itamambuca, em um trajeto de 15 quilômetros, ida e volta”, conta o representante comercial Antonio Bonfá, 41 anos, há três anos entre os oito primeiros do Circuito Brasileiro Profissional. Onde ficar Itamambuca Eco Resort – Em uma área construída de 30 mil metros quadrados, o resort tem 76 acomodações. A área de lazer conta com quadra poliesportiva, quadra de tênis, piscinas, playground, academia de ginástica, salão de jogos e sauna seca. Para se chegar à praia, é necessário caminhar por uma trilha que cruza uma área de restinga. Acesso pelo km 36 da BR 101, para Paraty. Fone: (12) 3834-3000 / www.itamambuca.com.br . O que comer Restaurante Peixe com Banana – Rua Guarani, 255 (Praia do Cruzeiro). Fone: (12) 3832-1712. Bom lugar para saborear um clássico da cozinha caiçara: azul-marinho, uma peixada preparada com banana-nanica verde cozida em panelas de ferro e misturada com postas de badejo – tudo temperado com tomate, cebola, coentro e salsinha. Passeio imperdível A partir do Saco da Ribeira (a 13 quilômetros do centro de Ubatuba) saem escunas e outras embarcações para a Ilha Anchieta (Parque Estadual), um dos melhores pontos de mergulho no litoral norte de São Paulo. A água transparente proporciona visibilidade de 20 metros e uma rica vida marinha. As condições favorecem também quem mergulha apenas com snorkel. A ilha é destino ainda de quem gosta de fazer caminhadas e aproveitar as setes praias locais. As ruínas de um antigo presídio são cercadas por Mata Altântica.
Mergulho em Abrolhos (BA)
Onde fica A cidade baiana de Caravelas (869 quilômetros ao sul de Salvador) é a base dos barcos que levam para um dos mergulhos mais lindos do país: Parque Nacional Marinho de Abrolhos. Quando ir A melhor visibilidade da água acontece entre dezembro e março: 20 metros. O que levar Quem não tem o próprio equipamento de mergulho pode alugar óculos, máscara, nadadeira, roupa de neoprene, colete e cilindro na agência Catamarã Sanuk (73 3297-1344), que também promove o batismo para quem nunca mergulhou. Outra agência referência é a Catamarã Horizonte Aberto (73 3297-1474). Palavra de quem conhece “É muito especial mergulhar em Abrolhos. Estamos falando simplesmente da principal barreira de coral do Atlântico Sul. Água transparente, ótima visibilidade, e os famosos chapeirões – as colunas de coral de 20 metros de altura que brotam do fundo do oceano e, perto da superfície, têm o formato de cogumelos gigantes. Para conhecer o local como se deve, o ideal são três dias e duas noite a bordo de um catamarã. São dois mergulhos diários de 37 minutos. Para quem é nível avançado, também é permitido fazer um mergulho noturno por dia. Já mergulhei muito na região e tenho marcado na memória uma vez que estava com um grupo de mergulhadores e de repente a água escureceu – era uma arraia gigante passando sobre nós, como se batesse asas em câmera lenta”, diz o instrutor de mergulho carioca Maurício Araújo Cavalcanti Moreira, há 16 anos em Caravelas. Onde ficar Marina Porto Abrolhos – Localizado em um coqueiral, de frente para o mar. Rua da Baleia, 333, Praia do Grauçá. Tel.: (73) 3674-1070. www.marinaportoabrolhos.com.br . O que comer Restaurante Carenagem – Pescados frescos preparados com o toque do tempero baiano. O peixe grelhado com legumes, por exemplo, é uma pedida simples e deliciosa. Avenida das Palmeiras, 210, Centro. Tel.: (73) 3297-1280. Passeio imperdível Cumuruxatiba – Bem mais tranquila do que as vizinhas Caraíva, Praia do Espelho e Trancoso, essa pacata cidade (distrito de Prado) é o ponto de partida de passeios de barco para observação de baleias jubarte. Antes do embarque, há palestra com biólogo que explica a rotina das baleias que saem da Antártica para dar o ar da graça na Bahia. Durante o tour, das 9h da manhã às 13h, um microfone colocado embaixo d´água possibilita ouvir o que os machos “falam” para atrair as fêmeas. A temporada vai de julho a novembro. A empresa Aquamar organiza o passeio (73 8843-0875).
Kitesurf em Icaraí de Amontada (CE)
Onde fica Icaraí de Amontada é um distrito de Amontada e fica a 189 quilômetros de Fortaleza, no litoral oeste cearense. A partir da capital, é preciso atravessar a ponte sobre o rio Ceará e percorrer 8 quilômetros até a CE-085, também conhecida como Rota do Sol Poente. Quando ir De junho a dezembro, período em que os ventos são mais constantes. O pico da temporada de kite nesse trecho do litoral cearense acontece nos meses de setembro e novembro. Chove de março a maio. Se você não tem o equipamento para a prática do kitesurf, não se preocupe: agências especializadas, como a Mango Kite Club (fone: 88 3636-3089 / www.villamango.com.br) e a Club de Ventos (fone: 88 3636-3006) oferecem todo o equipamento necessário: capacete, colete flutuante, luvas e trapézio, dispositivo preso à cintura e ligado à pipa (kite). Palavra de quem conhece “Eu nasci em Icaraizinho e na infância só tinha futebol. Sempre quis algo mais radical. Há quatro anos, vi jovens praticando o kitesurf e decidi experimentar. Aprendi em 15 dias e não parei nunca mais. Virei professor. É uma sensação de liberdade muito boa, me sinto bem velejando – acho que é uma mistura de relaxamento e felicidade que não tem igual. Temos um vento muito bom e constante em Icaraizinho. Adoro percorrer longos trajetos com o downwind. Às vezes, chego a ficar mais de 6 horas dentro da água. Para quem nunca fez, umas 10 horas de treino são suficientes para se divertir com o kite”, garante o professor do Mango Kite Club, Adriano Elton do Nascimento, 24 anos. Onde ficar Villa Mango Beach Bungalows – Trata-se de melhor localização da vila, com um ótimo visual da Praia de Icaraí de Amontada. Rua Lagoa Verde, s/n. Fone: 88 3636-3089 / www.villamango.com.br). O que comer Restaurante da Pousada Hibisco – Em meio a um coqueiral, o restaurante é famoso pelo cardápio de peixes e camarões. Se sentir saudades de uma pizza, boas redondas saem do forno a lenha. Rua Joaquim Alves Parente, s/n. Fone: 88 3636-3076 / www.pousadahibisco.com/restaurante). Passeio imperdível Dá para ir de bugue para a Barra das Moitas, ainda mais deserta que Icaraí de Amontada. A vila de pescadores, à beira do rio Aracatiaçu, parece parada no tempo. De lá, é possível fazer um passeio de barco pelo rio e pelo mangue. As dunas levam até a bela lagoa de Sabiaguaba e os chamados Lençóis Cearenses – cerca de 30 lagoas em um mar de areia.
O que levar
Faça trekking na trilha do Rio do Boi (SC)
ONDE FICA O rio do Boi corta o cânion do Itaimbezinho, que fica no Parque Nacional de Aparados da Serra, na divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. A cidade-base para o trekking é Praia Grande, do lado catarinense, a 10 quilômetros do início da caminhada. O acesso à cidade é pela SC-450, que sai do quilômetro 8,5 da BR-101, após o município de Torres. A distância de Porto Alegre é de 220 quilômetros, e a de Florianópolis é de 270. QUANDO IR Evite os meses de setembro e outubro, quando chove muito. Período ideal é o verão, de novembro a maio, quando a caminhada pelo rio e os banhos de cachoeira amenizam o calor e refrescam os viajantes. O QUE LEVAR Apesar de boa parte da caminhada acontecer no leito do rio, é obrigatório usar calçado fechado, de preferência uma bota com solado antiderrapante. Boné e protetor solar são importantes. Na mochila, leve um tênis e uma calça sobressalentes para vestir após a caminhada. É necessário contratar um condutor local credenciado junto ao parque. A agência Rota dos Canyons Ecoturismo trabalha na região. Tel.: (48) 9142 3975 /www.rotadoscanyons.com.br. PALAVRA DE QUEM CONHECE “Lá dentro, na fenda entre os paredões do cânion do Itaimbezinho, você se sente impotente e pequeno. São paredões de pedra, lindos, de até 600 metros de altura. A trilha permite a maior imersão nos cânions de Aparados da Serra. Não é um trekking fácil. São 7 ou 8 horas pelo leito do rio do Boi, com água na altura da canela e, às vezes, até o começo da coxa. O fundo do rio é de pedra, por isso é bom usar uma bota com solado antiderrapante. Além de curtir um visual único, o viajante pode mergulhar nas piscinas naturais de águas geladas e transparentes e em duas cachoeiras do caminho. É uma trilha da qual todos voltam cansados, mas completamente inebriados e realizados”, diz o gaúcho Guilherme Mainieri, 37 anos, que desde 2004 é guia na região e já fez o trekking do rio do Boi dezenas de vezes. ONDE FICAR Lodge Costão da Fortaleza (Estrada do Churriado, tel. 48 9142-3975, www.costaodafortaleza.com.br). O QUE COMER O Casa Nossa Restaurante Rural (Estrada Geral Vila Rosa, tel. 9111-5328), perto da entrada do Cânion Índios Coroados, serve a gastronomia regional preparada no fogão a lenha. As saladas são orgânicas. PASSEIO IMPERDÍVEL Se o trekking na trilha do rio do Boi leva o viajante às entranhas dos cânions, a caminhada no topo da serra dá um panorama diferente deste que é um dos pedaços mais bonitos do Brasil. Mais autêntico ainda é fazer essa jornada no lombo de cavalos da raça crioula. A cavalgada dura de dois a sete dias e os pernoites são feitos em fazendas da região (tel. 54 3244-2993, www.campofora.com.br).
Cascading no salto Puxa Nervos (PR)
ONDE FICA O salto do Puxa Nervos fica nas proximidades do Parque Estadual do Guartelá, no Paraná, a 220 quilômetros de Curitiba. A partir da capital paranaense, siga pela BR-376 até Castro e depois pela BR-340 até Tibagi, a 18 quilômetros do local do cascading. QUANDO IR É possível fazer o cascading o ano inteiro, mas no verão, de novembro a março, o calor ajuda a encarar as águas geladas. O melhor horário é pela manhã, quando o sol ilumina a cachoeira e, não raro, desenha um arco-íris no meio do cânion. O QUE LEVAR É proibido descer o Puxa Nervos sem o acompanhamento de um guia credenciado. Portanto, deixe por conta das agências os equipamentos para o cascading. Como você vai ficar debaixo da cachoeira, uma boa ideia é levar uma roupa de neoprene, mas nada impede o uso de bermuda e camiseta. Fora isso, coloque na bagagem protetor solar, repelente, toalha e uma muda de roupa para usar ao fim do cascading. PALAVRA DE QUEM CONHECE “A brincadeira começa com um trekking difícil, íngreme, de trilha fechada, por uma mata nativa e maravilhosa. Leva mais de 1 hora e requer até escalada em alguns trechos. Só a beleza dessa trilha já vale o programa. No caminho, encontramos pacas e cotias. No topo do cânion, quatro cachoeiras estão à disposição. A maior delas é o salto Puxa Nervos, com uma descida de 50 metros de corda. Quem quiser pode fazer apenas o rapel, na parte seca do cânion. O cascading é pela parte molhada. A descida é considerada de nível médio a difícil – além da força da água, tem dois pontos de inclinação negativa, nos quais os pés perdem o contato com o paredão. Mas dá pra adequar a descida até para quem é iniciante – sempre vai um guia junto e já tivemos muitos clientes que vieram aqui para perder o medo de altura. É uma sensação deliciosa de liberdade. Mais do que o contato com a natureza, é um contato com você mesmo, de vencer seus limites”, diz Alesson Fernando, o Coelho, instrutor de rapel, formado em resgate em altura, precursor da trilha e do cascading no salto do Puxa Nervos. ONDE FICAR Hotel Itagy (tel. 42 3275-1373, www.hotelitagy.com.br). O QUE COMER Quem faz o cascading costuma almoçar no Hotel Fazenda Puxa Nervos, perto do acesso à trilha que leva ao topo do cânion. O restaurante do hotel Itagy (tel. 42 3275-1373, www.hotelitagy.com.br) serve o cordeiro do Tibagi, flambado na cachaça e aromatizado no alecrim. PASSEIO IMPERDÍVEL O Parque Estadual do Guartelá é visita obrigatória para quem está na região. Cercado de plantações, principalmente de soja, ele é um oásis de natureza no Paraná. Além das belas formações rochosas e da mata nativa, o parque abriga o cânion do rio Iapó, também chamado de Guartelá – suas paredes chegam a 300 metros de altura e seus 32 quilômetros de comprimento o fazem o sexto mais extenso do mundo. É possível fazer trekkings para curtir cachoeiras e ficar frente a frente com pinturas rupestres. A trilha mais completa tem 9 quilômetros e leva aproximadamente 4 horas para ser percorrida.